Algarve tem novo Radar Meteorológico instalado na Serra do Caldeirão

O Algarve dispõe, desde o passado dia 10 de Janeiro, de um novo radar meteorológico instalado na Serra do Caldeirão, no concelho de Loulé. Este novo meio de prevenção e combate a incêndios rurais, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, integra uma rede de cinco radares meteorológicos (Arouca, Coruche, Loulé, Porto Santo e Terceira) explorada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, todos dotados de tecnologia de polarização dupla.
Os sistemas de RADAR entraram em funcionamento no dia 29 de novembro de 2023 e desde o dia 3 de janeiro de 2024, as imagens individuais do produto de Máximos de Refletividade (dBZ) de cada um dos radares, bem como a de um mosaico do produto de Intensidade da Precipitação (mm/h), incorporando também o radar de Arouca, passaram a ser disponibilizadas em www.ipma.pt.
O início de operação destes radares integra a transição da polarização simples para polarização dupla, processo em fase avançada na União Europeia, e permite a Portugal figurar na linha da frente da monitorização e previsão meteorológica, ampliando a sua capacidade para entender e prever padrões e alterações climáticas e outros fenómenos meteorológicos, contribuindo para melhorar os processos de suporte à avaliação de risco através da uniformização e atualização da rede de radares do IPMA, ou seja, para melhoria tempestiva da vigilância e previsão meteorológica e na prevenção operacional de combate a incêndios florestais, contribuindo assim para a salvaguarda de vidas e bens, proteção ambiental e, em geral, para a melhoria da economia nacional, designadamente aquela que se desenvolve ao ar livre, em particular a agricultura, silvicultura e turística.
A informação gerada por estes novos sistemas de radar é relevante não só para Portugal, mas também para grande parte do continente europeu, em particular para Espanha (AEMet), com quem Portugal (IPMA) tem um protocolo de intercâmbio de dados em tempo real, nomeadamente na deteção e acompanhamento de fenómenos meteorológicos de tempo severo, com impacto na salvaguarda de vidas e bens.
Com estes radares pode-se agora, de forma mais precisa, monitorizar a intensidade e a movimentação de sistemas de precipitação, como chuvas intensas, o que oferece maior capacidade de prever inundações costeiras, detetar mudanças na pressão atmosférica e outras condições extremas que podem indicar a formação de tsunamis, ampliando a capacidade de alerta para comunidades costeiras e embarcações em alto-mar, mitigando riscos materiais e ambientais e melhor salvaguardando pessoas e bens.
No âmbito do mesmo projeto e como complemento aos novos radares foram instaladas duas estações meteorológicas, dois detetores de raios em Viana do Castelo (Chafé) e Olhão (PNRF) e um novo sistema de processamento de dados de raios (TLP), na sede do IPMA.
Segundo o IPMA, a Rede Nacional de Radares Meteorológicos, será completada, durante o corrente, com novos radares nos Açores, em São Miguel (Pico Santos de Cima) e nas Flores (Morro Alto).

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