A Igreja de São Marcos da Serra, em Silves, foi assaltada na madrugada de sexta-feira. Vários objetos em cobre e prata foram furtados e a Polícia Judiciária já está a investigar o caso.
Entre os objectos furtados estão cálices, patenas, brincos e uma coroa. O padre Miguel Neto, da Diocese do Algarve, revela ainda que o sacrário foi profanado.
O Jornal de Notícias revela que a entrada foi feita através de uma janela da casa mortuária. Após o arrombamento da porta interior que dá acesso à Igreja, foi cometido o furto. Uma paroquiana apercebeu-se da situação pelas 17:00 horas.
De imediato, a GNR foi chamada ao local. A investigação está a cargo do Departamento de Investigação Criminal de Portimão da PJ.
Silves lança programa de entretenimento entre 4 paredes
Desporto, música e literatura são algumas das atividades propostas pelo Município de Silves para entreter todos aqueles que se encontram confinados às paredes da sua habitação. Esta nova rubrica de entretenimento, disponível nos canais digitais do município, chama-se Silves entre 4 paredes e pretende apresentar diversos tipos de atividades com vista ao entretenimento e à promoção da atividade física dos munícipes em casa. O Município relembra para a importância da adoção de comportamentos responsáveis neste período de recolhimento social e recomenda o cumprimento das medidas do estado de emergência.
#EstudoEmCasa. RTP Memória começa a leccionar no dia 20 de Abril
As férias da Páscoa estão quase a terminar e os alunos vão ter um final de ano escolar atípico. O 3º período lectivo arranca já no dia 14 de Abril e os alunos vão passar a ter aulas em casa devido à pandemia que se vive actualmente e que implicou a adopção de diversas medidas, entre elas o encerramento de escolas. De forma a minimizar o impacto que o ensino à distância tem junto de muitas famílias, sem acesso à internet, o governo resolveu implementar a telescola. Desta forma a RTP Memória vai funcionar como uma sala de aula, mas em contexto diferente. O aluno, confortavelmente instalado na sua casa, vai assistir às aulas ministradas através da televisão. Os conteúdos pedagógicos são organizados tendo em conta os diferentes anos lectivos, de forma a complementar o trabalho dos professores com os seus alunos.
A “nova telescola”, que agora terá o nome de #EstudoEmCasa, arranca no próximo dia 20 de Abril e vai ocupar a grelha das 9h00 às 17h50, de segunda a sexta-feira. Os conteúdos pedagógicos estão agrupados por: 1.º e 2.º anos, 3.º e 4.º anos, 5º e 6.º anos, 7.º e 8.º anos e 9.º ano.
À exceção das aulas de educação artística, que se destinam a todos os alunos, a grelha está organizada por escolaridade e a parte da manhã está reservada às aulas do 1.º ao 6.º ano, enquanto os conteúdos para os alunos do 7.º ao 9.º ano são transmitidas à tarde.
Os diferentes anos são agrupados em grupos de dois e, por isso, os alunos do 1.º ano vão partilhar a matéria com os alunos do 2.º ano, à semelhança dos alunos dos 3.º e 4.º anos, 5.º e 6.º anos e 7.º e 8.º anos, sendo a excepção as aulas do 9.º ano.
A programação vai incluir disciplinas como Educação Física, Literatura, Alemão, Francês e Espanhol até 30 minutos diários de iniciação ao Português para falantes não-nativos. Já os alunos 1.º ciclo vão ter trinta minutos semanais de leitura e para os 5.º e 6.º vai haver “oficina de escrita”.
A cidadania é transversal a todos os anos de escolaridade e vai ser abordada no contexto de várias disciplinas, como Estudo do Meio, História, Geografia ou Ciências Naturais.
Em comunicado, o Ministério da Educação explica que a emissão do #EstudoEmCasa na RTP Memória vai permitir alcançar a generalidade dos alunos, ultrapassando alguns dos constrangimentos no acesso ao ensino que têm sido denunciadas por pais, professores e directores escolares ao longo das ultimas semanas.
Veja aqui a grelha de programação
“Lei da rolha.” Delegados de Saúde não podem comunicar dados da Covid-19 a autarcas
O autarca de Espinho, Joaquim Pinto Moreira, acusa o ministério da Saúde de querer impor a lei da rolha aos municípios.
Em causa está uma decisão tomada na tarde desta sexta-feira pelo ministério chefiado por Marta Temido, que impede os delegados de Saúde de disponibilizarem informação diária sobre a evolução da Covid-19 em cada um dos concelhos aos respetivos autarcas, como pode ler-se num comunicado publicado no site da autarquia de Espinho.
Joaquim Pinto Moreira é um dos primeiros presidentes de câmara a tomar uma posição sobre esta medida e apelida-a de inaceitável. Segundo o autarca, a decisão da ministra é perigosa e apenas pretende calar os executivos municipais. “Isto é verdadeiramente a lei da rolha, é tentar amordaçar os autarcas, escondendo a realidade do que se passa no país e em cada um dos municípios”, refere o autarca em declarações à TSF.
O presidente da câmara municipal de Espinho sublinha que é “o responsável máximo da Proteção Civil” no concelho e, como tal, precisa de ter “os dados concretos em cima da mesa para tomar, em cada momento, as decisões que são mais adequadas”.
“O desconhecimento da informação concreta da evolução epidemiológica no concelho de Espinho inibe-me de tomar as decisões que acho adequadas em cada caso”, reforça o autarca, acrescentando que “isto é absolutamente lamentável num estado de direito”.
Com esta decisão, os delegados regionais de saúde ficam impedidos de informar os autarcas sobre o alastrar da epidemia nos seus concelhos. Os presidentes de câmara passam a receber os mesmos dados que são enviados uma vez por dia, por volta das 12h00, à comunicação social.
O autarca lamenta a decisão e sublinha mesmo que os dados que estão no boletim epidemiológico revelado diariamente pela Direção-Geral da Saúde, ficam aquém da realidade.
“Há um nítido desfasamento”, alerta o autarca, que explica que o boletim da DGS apresenta apenas “78% dos casos a nível nacional”.
“Os dados que nos eram fornecidos localmente pelos delegados de saúde são, efetivamente, os dados reais verificados ao dia em cada um dos concelhos e são muito mais fidedignos” do que os dados “avaliados por baixo” da DGS. “Isto dificulta-nos o trabalho”, reforça.
A justificação também não agrada ao autarca. Joaquim Pinto Moreira revela que a explicação dada é a de que a decisão foi tomada porque alguns autarcas estavam a avançar informação que seria confidencial.
“Fiquei boquiaberto com a explicação que me foi transmitida”, começa por admitir o autarca. Joaquim Pinto Moreira revela que lhe foi dito que “havia autarcas que teriam acesso a mais informação do que o número de pessoas infetadas, número de óbitos, pessoas recuperadas e pessoas a ser vigiadas”.
Alguns autarcas teriam acesso a “outro nível de informação que partilhavam publicamente”, chegando mesmo a publicar os dados por freguesia de cada concelho, violando “a privacidade devida aos cidadãos”.
Terá mesmo havido casos em que foram publicados “nome e morada das pessoas que estavam infetadas”, revela.
“Eu não sei se isso corresponde à verdade mas, se assim acontece, é a esses presidentes de câmara que devia ter sido chamada a atenção para a correção desse procedimento, proibindo-os de divulgar informação não divulgável”, reconhece.
TSF
António Costa promete acesso universal à Internet e a equipamentos no próximo ano letivo
O primeiro-ministro afirma que no próximo ano letivo haverá acesso universal dos alunos dos ensinos básico e secundário à Internet e a equipamentos informáticos, considerando que este investimento avultado é essencial face aos riscos de pandemia.
“Assumimos um objetivo muito claro: Vamos iniciar o próximo ano letivo assegurando o acesso universal à rede e aos equipamentos a todos os alunos dos ensinos básico e secundário”, declara António Costa em entrevista à agência Lusa.
Questionado se cada aluno vai ter um computador, retomando-se uma medida tomada pelos governos de José Sócrates no âmbito do programa “Magalhães”, o líder do executivo responde que “é muito mais do que isso”.
“É muito mais do que ter um computador ou um tablet. É ter isso e possuir acesso garantido à rede em condições de igualdade em todo o território nacional e em todos os contextos familiares, assim como as ferramentas pedagógicas adequadas para se poder trabalhar plenamente em qualquer circunstância com essas ferramentas digitais”, adianta.
Confrontado com o facto de se tratar de um investimento avultado e a concretizar já no início do próximo ano letivo, António Costa defende que esse investimento “é essencial e é uma medida de prevenção do risco de pandemia”.
Interrogado se se trata de um programa “Magalhães 2”, agora mais ambicioso, o primeiro-ministro reage com uma nota de humor: “Para sermos generosos com os nossos vizinhos espanhóis até podemos dizer que é um programa [Juan Sebastián] Elcano, porque completa a viagem iniciada”.
Segundo António Costa, a atual crise provocada pelo surto do novo coronavírus “demonstrou uma extraordinária capacidade de adaptação das escolas a uma nova situação”.
“De facto, a necessidade aguçou o engenho e em duas semanas avançou-se mais na literacia digital do que seguramente se teria avançado em muitos anos de uma ação programada. Temos de aproveitar este impulso para cumprir aquilo que era uma das grandes metas do programa do Governo: Acelerar a transição para a sociedade digital”, sustenta.
Mais importante, no entanto, de acordo com o primeiro-ministro, é “garantir a necessidade de que, aconteça o que aconteça do ponto de vista sanitário durante o próximo ano letivo, não se assistirá a situações de disrupção, porque houve outra face da moeda que esta crise demonstrou”.
“As desigualdades são muito mais persistentes do que aquilo que muitas vezes se pensa e, quando elas se diluem na mesma sala de aula, elas acentuam-se quando cada um vai para as suas casas. Ou por insuficiência da infraestrutura de comunicação, ou por falta de equipamentos, ou por diferentes de habitação, ou, ainda, por diferentes contextos familiares, essas desigualdades tornam-se mais visíveis. Por isso, o recurso à televisão, obviamente, é um contributo para mitigar essa desigualdade, mas aquilo que temos de superar é mesmo essa desigualdade”, justifica.
Questionado se a perspetiva de regresso às aulas presenciais em maio mereceu a concordância das associações de pais e dos sindicatos dos professores, António Costa alega que o Governo procedeu a audições, quer com os parceiros educativos, quer com os partidos com representação parlamentar ainda antes de encerrar as escolas.
“E procedemos à audição de todos antes de tomarmos esta decisão [de eventual reabertura das aulas presenciais]. Para este programa seja possível de cumprir, é fundamental que as pessoas ganhem confiança. É necessário assegurar que vamos ter o menor número de pessoas nas escolas, que vamos as pessoas o mínimo tempo possível nas escolas e com a máxima segurança possível ao nível pessoal e da higienização dos espaços escolares. É necessário reunir o conjunto destas condições para que professores, trabalhadores não docentes, famílias e alunos tenham confiança de que podem ir à escola”, salienta.
Para o primeiro-ministro, “tão ou mais grave que os danos causados pelo vírus são os danos causados pelo pânico que o vírus gera”.
“Não estamos só a combater uma pandemia viral, mas, também, uma pandemia de pânico. Para isso, é necessário reforçar as condições de confiança e de segurança de todos”, acrescenta.
Lusa