Uso obrigatório de máscara nos transportes, comércio, escolas e outros locais fechados com múltiplas pessoas, atendimento por marcação prévia, proibição de ajuntamentos com mais de 10 pessoas, dever cívico de recolhimento domiciliário são algumas das restrições que vão marcar o estado de calamidade que arranca às 00h00 do dia 3 de Maio. O Conselho de Ministros aprovou hoje, 30 de Abril, o plano de transição de Portugal do estado de emergência para a situação de calamidade. No entanto este “alívio” nas restrições não implica que não se mantenham os hábitos adquiridos durante o estado de emergência. O primeiro ministro António Costa falou esta quinta-feira ao país sobre as medidas de desconfinamento que vão trazer grandes mudanças à rotina diária dos portugueses e foi peremptório:”Como tenho dito, não terei vergonha de dar um passo atrás se isso for necessário para garantir esse bem essencial que é a segurança dos portugueses e portanto este é um percurso que temos que fazer em segurança mas em conjunto, contando eu com a responsabilidade e o empenho de cada um dos portugueses e podendo os portugueses contar com a total determinação do Governo em adotar em qualquer momento e em quaisquer circunstâncias todas as medidas que forem necessárias para preservar a nossa saúde pública. O primeiro-ministro fez ainda questão de sublinhar a importância de manter o distanciamento social durante o novo período que aí vem e apelou várias vezes no seu discurso para o sentido de dever dos portugueses. “Ninguém pode interpretar o estado de emergência como o fim de emergência sanitária – não nos liberta do dever cívico de afastamento social, do recolhimento possível e das regras de disciplina” e higiene, sublinhou.
De forma gradual e faseada Portugal vai tentar retomar a economia ao mesmo tempo que tenta manter o vírus adormecido. 4 de Maio, 18 de Maio e 1 de Junho vão ser as datas em que determinados espaços e serviços vão reabrir ao público. As medidas de reabertura serão reavaliadas de 15 em 15 dias.